novembro 21, 2011

Vinte e dois anos mais muitos dias ...

Voltei. Voltei para o nada, onde caminho levando apenas nada.













E nessa camada de realidade que chamo de vida, vou tentando me anestesiar, porque todo tipo de sensação vem como uma bomba dentro de mim. Sou apenas destroços e enquanto caminho, vou tentando colocar as partes em seus devidos lugares.

Eu estou começando acreditar que talvez não exista realidade. Que, talvez, esse mundo seja um sonho dentro de um sonho e muitos outros. Parece loucura, mas quem nunca pensou nisso? Há momentos na vida em que você pensa: "Não é possível." Porque é tudo tão cheio de paradoxos, cheio de intensidades desnecessárias, desafios idiotas, corações dilacerados e no final você morre. Sim, você morre. Uns dizem que reencarnará. Outros dizem que acaba por ali. Eu acredito que nada é real. E se for real, que Deus me perdoe, porque eu não consigo mais sentir essa realidade. Eu estou anestesiada e tentando ter algum sentimento, afinal: o sentimento diferencia toda a vida, pois se não fosse assim, seria apenas uma programação e ilusão de vida. Não sei. Tudo pode ser. Isso é o mais confuso. Essa é a dor maior ... Ficar imaginando o que pode ser e por que tudo acontece da forma que acontece ...

Meu cérebro agora deu para necessitar de uma droga que o faça produzir serotonina, pois sou mal humorada ( o que está ficando cada vez pior).
 Não tenho mais paciência com nada. Estou perdendo o medo e as pessoas estão se tornando insignificantes para mim. Tenho medo de ficar assim de vez. Não quero isso para mim.
 Tenho medo de cometer uma loucura, pois tem vezes que não tenho controle. Simplesmente não tenho e nem consigo lembrar do controle, quando estou nessas crises das quais ainda não descobri classificação.
 Só digo que dói. Dói lentamente. Desespera demais. Um desespero silencioso e repentino, depois de uns minutos de relaxamento e alegria. Não queria depender de remédios, mas o que posso fazer? Ou isso ou a dor das pessoas que gosto.
 Vou procurar ajuda médica, mas o mais estranho é que, talvez no fundo eu não queira ou ache que não preciso de ajuda. Meus pensamentos andam muito confusos ultimamente.

Stephanie C.

setembro 26, 2011

Labirinto



Aquela velha vontade...
Aquela velha traiçoeira.
A vontade de ir embora. Talvez morrer. Mesmo estando errada em querer tal coisa.

Só quem sente sabe do que estou falando. O resto dirá: -Você está exagerando.

Mas aos que sentem o mesmo, resta lamentar.

A dor que arde no peito, a garganta amarrada. A irritação por qualquer coisa, a dificuldade em demonstrar qualquer emoção, porque suas emoções já estão o caco. Você pode até sentir mas sempre se pergunta: "Será que senti mesmo?"

O mundo parece ilusão. As palavras deixam de serem ditas e tudo o que você quer é se enfiar num quarto escuro e se desligar de tudo.
Como eu desejo não sentir isso tudo ...
Mas não é mais questão de escolha. Eu peço socorro para quem?
Nem eu mesma estou conseguindo me ajudar. Não acho saída nesse labirinto em que minha mente tomou abrigo.

Os dias se arrastam ... Lentamente e ás vezes desesperadamente rápidos.
Em tentativa de fuga, tento não pensar em nada e me torno mais burra. É um ciclo vicioso. Parece que nunca terá fim.

setembro 05, 2011

Casca



Eu não sei o que fazer comigo mesma. Apenas não sei o que fazer comigo mesma.

Eu sou essa casca. Essa ambulante casca.
Estrutura rachada, cheia de emendas. Apenas uma casca, tentando sobreviver.

Não me importo se isso é importante ou não.

agosto 11, 2011


 Aquilo que me persegue há tanto tempo, desde que me conheço por gente. O vazio está voltando cada vez mais forte.
 Eu nem sei mais o que pensar sobre isso. Eu não consigo. Eu achei que estava feliz, mas sempre "acho". Não é culpa de ninguém. Não tenho o que reclamar dos meus amigos nem de quem está namorando comigo no momento.
 Eu temo ficar nessa por muito tempo. Nessa onda dolorosa dentro do meu corpo. Está ficando cada vez mais forte e não tenho controle. Eu queria tanto não ser assim. Eu queria ser divertida, otimista... Na verdade eu era. Mas parece que tudo o que me aconteceu desde que nasci acumulou de tal forma, que agora não consigo reciclar mais nada. O lixo está entulhado em minhas veias ...
 Meu coração bombeia sangue e lixo. Lixo apodrecido ... Lixo velho.
 Quase todos os dias eu penso em como bombear apenas sangue. Sangue puro. Aquele sangue que eu tinha quando era criança ... Esse lixo machuca meu coração. A pessoa que me pôs no mundo não acredita que seja verdade. Ela diz que estou fingindo. Por que eu fingiria? Para quê? Eu não estou ganhando nada com isso.
 Pelo contrário. Só estou perdendo.
 Estou perdendo o brilho dos meus olhos. Estou perdendo o humor e perdendo sentimentos. Não consigo nem ter uma simples conversa com alguém. Meu Deus... Só peço que me ajude.
 Cheguei ao ponto de expor dessa forma, a minha alma num blog.

julho 21, 2011

Be quiet. Be mine



 Sua voz me acalma, seu humor me alegra, seu sorriso me encanta. Acho que nunca achei tão vivificante conversar com alguém, beijar alguém. O beijo encaixa, as palavras também. A energia que trocamos é a mais intensa que já senti. É tudo muito intenso, muito louco e muito bom.

Ok, me recompondo, admito que isso é muito, muito bom. Mesmo assim, eu tomo cuidado pra não ser massacrada pelas vaidades do meu coração. :]