novembro 29, 2009

O Balão


Ela parou no meio do campo. O campo perto de sua casa. Tão grande e vazio, mas que se encheu de um sentimento inexplicável.
Ela ficou como estátua, enquanto o enorme balão vermelho vinha em sua direção. Vermelho não comum. Era o vermelho do medo.
Ele se aproximava cada vez mais e ela não saía do lugar; não conseguia.
O balão era realmente assustador. Chegou bem perto e ela se jogou para o outro lado.

Ouviu o barulho do impacto e tudo ficou muito claro. Tapou os olhos e quase chorou.
O barulho foi ficando mudo...

O balão sumiu.
O campo sumiu.
Ela desapareceu.

Acordou no próprio corpo; na própria vida e jurou nunca mais sonhar com aquilo de novo.