Eu pensar: "Ele me faz mal." Me ajuda a prosseguir.
Me ajuda a esquecê-lo e imaginar que foi um sonho.
Eu querer distância me parece o mais correto. Eu não poderia ouvir sua voz tão de perto. Mesmo que eu no fundo não consiga mais pensar, eu fujo. Até porque eu iria perder o restante de glória que me resta.
A faca encravada ainda esta ali. Sempre para me lembrar de algo que eu não pedi para aprender. Mas que talvez, quem sabe, fosse preciso.
E a voz me diz: "Tudo é tão cheio de amor ... ".
Ela ecoa em meus ouvidos, em minha alma e se instala em meu corpo. Mas a ferida não sara. E me impede de submergir em águas tranquilas.
Me parece penoso sentir seu cheiro. Prefiro que me odeie. Prefiro que me ignore, porque agora tudo ficaria mais difícil se me amasse. Porque na primeira vez não me amou. E se me amou, eu nunca soube.
Ah, o amor é sempre causa de tudo isso. Não deveria ser assim. Não me conformo, porque o que mais odeio é ter que falar assim do amor. Falar desse jeito amargo. Repito: "Não deveria ser assim."
Não deveria ser de muitas formas, toda essa murmuração. Estou farta e ao mesmo tempo faminta por essa compreensão.
Já não tenho mais e nunca teria se pedisse.
Um comentário:
Acredito que é sempre mais difícil lidar com a aceitação. Porque se formos ver bem, a negação acaba por nos formar.
Se formos aceitos, nos achamos suficientes, e se nos acharmos suficientes, não evoluímos.
Um NÃO pode ser bom.
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