O som dos passos. Apressados, espaçados e o eco nesse túnel. Porque meus olhos enxergam como túnel, e não como estação de metrô.
O ar falta, e as palavras são guardadas para serem ditas quando estivermos ao ar livre. Realmente enxergo preto e branco. Uma solidão bem leve. Um frio no estômago.
Você não me dá sua mão, pra que juntos possamos expressar nossa ansiedade.
Você simplesmente se afasta. Eu não o conheço. Eu observo.
Eu conto os quadrados no chão, eu leio as propagandas e olho os rostos e vultos apressados, imaginando que talvez todos sejamos vultos. Digo, até mesmo eu, que observo.
Então finalmente você sai.
E todos ainda continuam como objetos. Apenas andando e guardando seus pensamentos.
Escondendo suas estórias e lutando contra algo impossível. Sempre.
Todos os dias.
Talvez isso perdure até o fim.
4 comentários:
A hora que eu comecei a ler lembrei de um filme que eu vi que chama: Plataforma do medo (por sinal é horrível e sem graça) mas enquanto lia fui me apaixonando é muito bonito
bjux
bom fds.
Em uma estação de metrô todo mundo está em sintonia... com a mesma intensidade de passos. E no trem então?? Sai da frente, senão vc é esmagado pelo gado, SKOSKOSKOS
Bom final de semana, Teph! :D
incrível... eu sempre pensei nisso.
e acho elgal olhar pras pessoas e imaginar que diabos estão pensando ^^
Tão lindas as suas palavras, tão sinceras e doloridas..hehe.
No final das contas é bem assim que as coisas são de fato.
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