abril 19, 2011

Inerte




Hoje. Um dia como qualquer outro? Talvez. Hoje só quero ficar num canto, refletindo, para quem sabe, encontrar uma finalidade ou um propósito de tudo existir.
 
"Crise existencial" é a palavra que define meu momento. Um momento para aqueles que morrem em vida, num mar de ociosidade.





Eu nunca estou satisfeita. Com nada. 
Sempre quis saber o por quê. Mas para os que querem muito uma resposta, ela parece fugir apressadamente.


Tristeza, tristeza. Mesmo sem motivos, ela dá sinais de presença. Ela não grita. Sussurra, sorrateira e deliciosa. Ao mesmo tempo em que toma atitudes cruéis, quando me machuca.


Essa tristeza que, mesmo quando estou feliz, ou faço algo que me deixa muito feliz e tenho mil motivos para ser feliz, essa dá sinal de vida. 
Sorri para mim, e pede licença, cheia de sedução. 


Me faz ficar calada. Inerte.
Me fere, vai embora e de repente volta outra vez. 

abril 04, 2011

Cansada

Cansei de pessoas perfeitas. Cansei de querer ser perfeita e de me incomodar com o que as pessoas pensam sobre mim. Não quero ser simpática, nem legal. Eu vou ser o que nasci para ser. E se meus amigos são meus amigos, eles vão gostar de mim do jeito que sou. Assim como eu gosto deles como são.

Estou farta do externo, do visível. Será que a pessoa cega, muitas vezes, é mais feliz do que nós, que temos o previlégio de ver tanta beleza e mesmo assim distorcemos tudo ... ? Tanta coisa poderia ser diferente, mas não é. Continuamos nos limitando a tudo apesar de termos o quase infinito em nossas mãos. Realmente somos muito tolos. Presos ao sistema. E mesmo assim, não damos um jeito de fugir dele na maioria das vezes, reconhecendo o quanto tudo é especial.