Nunca ninguém me pegou ao colo, me embalou, tomou conta de mim e me levou até aos céus.
É assim que vou morrer, sem saber o sabor da acalmia da mente, da alma, como uma praia infinita de areia branca e águas transparentes, uma floresta de múltiplos verdes em que o vento deposita uma dança maravilhosa, numa melodia impossível de descrever.
Vou morrer virgem de tantas coisas, de tantos sentimentos e sensações que nunca provei, que não sei como são.
Se o destino existe, e se ele se prende com reencarnações sucessivas, a essa outra que virá um dia eu desejo a paz de espírito, sem assombros de fantasmas da infância, sem o peso de todas as responsabilidades e principalmente sem esta lucidez que, como um espelho gigante e multifacetado, mostra-me clara e nitidamente os meus erros, omissões e faltas.
Tenho saudades do que não conheço, mas que revejo na vida dos outros.
Tenho pena desta minha existência, desta passagem pela vida, tão imperfeita, tão pouco tantas coisas e tantas outras.
O irónico é que, desde que me lembro de ser gente, sonhei com esse colo, esse abraço protector, esse escudo contra o medo, as tempestades, os desgostos ridículos e as amarguras de lágrimas de raiva e de sangue. Sonhei-o a esse meu cavaleiro andante. Nada de especial, nada de fantástico. Apenas alguém suficientemente bom, inteligente e capaz de me amar como sou, de me conhecer para além do óbvio e de me cuidar, como se fosse um pedaço de jardim, um livro antigo ou uma peça sem outro valor senão o da saudade.
É assim que vou morrer, sem saber o sabor da acalmia da mente, da alma, como uma praia infinita de areia branca e águas transparentes, uma floresta de múltiplos verdes em que o vento deposita uma dança maravilhosa, numa melodia impossível de descrever.
Vou morrer virgem de tantas coisas, de tantos sentimentos e sensações que nunca provei, que não sei como são.
Se o destino existe, e se ele se prende com reencarnações sucessivas, a essa outra que virá um dia eu desejo a paz de espírito, sem assombros de fantasmas da infância, sem o peso de todas as responsabilidades e principalmente sem esta lucidez que, como um espelho gigante e multifacetado, mostra-me clara e nitidamente os meus erros, omissões e faltas.
Tenho saudades do que não conheço, mas que revejo na vida dos outros.
Tenho pena desta minha existência, desta passagem pela vida, tão imperfeita, tão pouco tantas coisas e tantas outras.
O irónico é que, desde que me lembro de ser gente, sonhei com esse colo, esse abraço protector, esse escudo contra o medo, as tempestades, os desgostos ridículos e as amarguras de lágrimas de raiva e de sangue. Sonhei-o a esse meu cavaleiro andante. Nada de especial, nada de fantástico. Apenas alguém suficientemente bom, inteligente e capaz de me amar como sou, de me conhecer para além do óbvio e de me cuidar, como se fosse um pedaço de jardim, um livro antigo ou uma peça sem outro valor senão o da saudade.
Luísa Castel-Branco
5 comentários:
Oi. :)
Não sabia que a senhora tinha blog.
Meio deprê o texto, mas é bom! Dá uma dorzinha pensar que vamos passar pela vida sem experimentar um montão de coisas, mas...
Eu recomecei um blog agora (Recortes Abstratos), quando tiver tempo e curiosidade, dá um pulo lá.
Beijo Grande.
Ah, é o Lucas, amigo da Limão, lembra né?
Baah chê, mas eu te dou um abraço!
*ABRAÇÃO* hehe ^^
Não diga isto Teph, a vida é muito longa e vc realizará não só o que tanto deseja, como coisas que ainda nem tinha pensado. A vida é sempre assim, nos surpreende quando menos esperamos :]
Sorria, sorria, sorria!
Bjos!
Opa, desculpa aí, Teph >.<
Agora que eu vi o nome da autora no final do post, haha
Beijão!
ótemo! deu um pouco de dor de cabeça ler, mas valeu a pena hehe
Um texto muito bonito.
Antes, parabéns por ter colocado a autora, muitas pessoas se aproveitam de determinados materiais .)
O texto todo é muito tocante, mas uma parte me chamou atenção 'Tenho saudades do que não conheço '. Parece até que foi feita pra mim HAHAHA
Postar um comentário